A Política Nacional de Resíduos Sólidos afeta diretamente o mercado de embalagens, devido ao fato...
Entenda o que é economia circular
Economia circular: Entenda como transformar empresas para iniciativas sustentáveis
A economia circular é uma proposta tão interessante quanto ambiciosa, tem a intenção de tornar as empresas mais próximas de práticas ecológicas, mas ao invés de sugerir mudanças para as empresas isso é feito alterando a forma de produzir de modo geral e colocar o universos empresarial nessa lógica, ou seja, o principal vetor de mudança é o próprio ecossistema de produção que obriga as empresas a se adequarem.
Se a ideia de mudar a forma de operar no mercado de bens parece muito complicada, no mínimo curiosa, neste texto você vai entender como surgiu e quais são as suas propostas, além de o que torna essa forma de pensamento necessária.
Entenda o que é economia circular
A economia circular é pautada na criação de processo de reintegração de materiais que ao invés de serem descartados são transformados e têm o seu valor devolvido, podendo novamente fazer parte do processo produtivo para criar algo novo.
Pode parecer que esse tipo de economia se trata da já conhecida reciclagem, que está relacionada a ações RSC, logística reversa e outros processos de reutilização de materiais que geralmente são levados para cooperativas e aterros.
Na verdade o processo de reciclagem é apenas um dos quatro pilares dessa nova forma de pensar os processos produtivos, os outros três são:
- Redução;
- Reutilização;
- Recuperação.
O objetivo dessa prática é fazer com que produtos que vão para a reciclagem, junto de suas embalagens, passem não apenas pela separação de acordo com o tipo de material, mas também por etapas de alteração da cadeia produtiva.
Dessa forma o caminho que o material tem no fim de sua vida útil não é fazer volume em aterros sanitários, ou gerando poluição ambiental quando descartado de forma errada.
O conceito de fim de vida de um produto passa a deixar de existir, sendo substituído pelo novo ciclo de utilização.
A economia circular não cuida apenas dos resíduos gerados pelo consumo apenas no momento do descarte de produtos, garantindo que cada item tenha um destino para passar pelo processo de decomposição sem gerar problemas.
A reciclagem precisa ser eficiente sim para que todo o processo funcione, pois a intenção é mudar o sistema de forma ampla.
Na prática isso significa nada mais do que refazer os modelos econômicos e o gerenciamento de recursos para criar produtos que sejam efetivos não apenas na questão útil, mas também em termos ambientais.
Um exemplo de prática desse tipo é o uso de embalagens sustentáveis, que causam pouco dano ao meio ambiente quando descartadas tem alto valor quando fazem parte do processo de transformação da economia circular.
Neste modelo, embalagens biodegradáveis, por exemplo, são inseridas em um sistema fechado que já prevêem como o item será reconvertido em um novo material.
Com esse sistema funcionando de maneira contínua, a intenção é que haveria menos extração de recursos naturais, já que a matéria-prima seriam os próprios itens “descartados".
A necessidade de pensar caminhos para que a economia circular funcione convida a planejar novos modelos de negócio que estejam de acordo com esse conceito.
Cada mercado deveria pensar em como reutilizar materiais que costumam descartar ou optar por alternativas sustentáveis.
Como por exemplo, o mercado alimentício que gera muitos resíduos, essas empresas podem ter parceria com fornecedores de embalagens ecológicas.
A economia circular convida todo o setor produtivo da sociedade a mudar a forma com que fabricam seus produtos, como lidar com os resíduos que geram e, por consequência, mudar também a forma de consumir.
A forma com que os produtos são transportados também precisam ser levados em consideração, pois isso é feito por meios de transporte que consomem recursos para gerar combustível e geram poluentes durante o trajeto.
Todo o processo de obtenção de matéria prima, fabricação, transporte, comercialização e entrega para o cliente devem ser repensados para que essa iniciativa funcione.
Começar com ações simples como usar embalagens sustentáveis é o primeiro passo, mas gera menos impacto positivo se as outras etapas criam mais danos ambientais.
A economia circular, assim como as iniciativas ESG, mostram que é possível assumir uma postura responsável em relação a questões ambientais sem acabar com os mercados de bens e serviços necessários para a existência humana.
Não se trata deixar de produzir e abrir mão de demandas sociais criadas por necessidades humanas, mas de reorganizar o processo econômico e pensar na função das empresas em direção ao caminho cada vez mais sustentável.
É necessário assumir que está na hora de buscar formas de existir que seja ao mesmo tempo economicamente rentável e ecologicamente viável.
Segundo pesquisa realizada pelo CNI (Confederação Nacional da Indústria), 76,4% das empresas adotam alguma prática de economia circular, essa porcentagem se dividem da seguinte forma:
- 24,1% Fazem recuperação de recursos e troca de resíduos entre empresas;
- 22,9% Extensão da vida útil do produto;
- 20% Oferta de um novo serviço através de um outro produto;
- 16,5% Substituição de ativos físicos por serviços digitais.
Quais são os principais conceitos da economia circular
Eliminação de resíduos
Esse é um dos conceitos base da economia circular, acabar com a poluição gerada pelos resíduos que vão para os aterros sanitários.
Muitas vezes esse processo é encarado socialmente como normal, e faz sentido dentro da lógica econômica atual, onde algo que teve sua vida útil exaurida é despejado em um lugar junto com outros restos.
Por outro lado, esse acúmulo gera poluição apenas por existir, a boa notícia é que em um novo modelo econômico o problema criado por essa prática pode ser muito reduzido.
Para muitos produtos do mercado de embalagens pode não existir outro caminho que não seja o descarte total do material, e após isso o reinício do ciclo de produção, venda, consumo e descarte novamente.
Para empresas que não usam embalagens sustentáveis essa verdade é ainda pior, pois o produto descartado causará danos ambientais ainda maiores, além de levar muito tempo para ser decomposto de forma natural.
Vamos usar como exemplo uma embalagem de salgadinho que é feita de muitos materiais diferentes, isso cria o problema de não poder reintroduzir no ciclo produtivo, pois não tem local certo de encaminhamento para reciclagem ou compostagem.
Esse é o tipo de produto que cria desperdício, pois será levado para um local inadequado, neste exemplo fica claro a importância de usar embalagens biodegradáveis, em mercados que usam esse produto com muita frequência.
A embalagem feita com material que possa ser reutilizado dentro do sistema de produção da economia circular acaba com esse problema, pois será mais fácil encaminhar para o lugar certo o material que ainda terá chance de ser transformado novamente.
Circulação de produtos
Muitos produtos tem capacidade de serem úteis por muito tempo e continuam em circulação se ao invés de descartado forem reparados, recondicionados, refabricados e apenas em último caso reciclados.
No caso de alimentos, muitos podem voltar à natureza e alimentar o solo ajudando no processo de regeneração da terra para viabilizar a produção e crescimento de novos alimentos.
Por isso, para entender sobre como tornar a economia circular eficiente desde as primeiras etapas é necessário tratar de uma questão muito importante para o mercado de embalagens: o design dos produtos.
Uma embalagem feita com design que permite ganhar uma nova função deixa de ir para o lixo e passa a circular com nova utilidade.
De modo geral, a forma de reter o valor de um produto é capacidade do mesmo de ser reutilizado o maior número de vezes possível, buscando criar esse hábito existe o modelo de negócio conhecido como economia compartilhada.
Esse modelo econômico busca criar formas de fazer com que o maior número de pessoas tenha acesso a um produto várias vezes sem que seja necessário comprar várias unidades.
Outra forma de aumentar a vida útil de um produto é com a revenda e manutenção.
Existem dois tipos de ciclos em que os produtos podem circular até serem reaproveitados o técnico e o biológico.
Ciclo técnico
Nesse tipo de ciclo os produtos passam pelas seguinte etapas:
- Reutilização;
- Reparo;
- Remanufatura;
- Reciclagem.
Apenas quando o produto não pode mais ser reutilizado que seus componentes são separados e remanufaturados.
Algumas peças não podem passar por esse processo de primeira, necessitando que sejam divididas em partes ainda menores para poderem ser recicladas, permitindo que permaneçam dentro dessa forma de economia.
Ciclo biológico
Neste tipo de ciclo os materiais biodegradáveis são devolvidos para a terra através da compostagem e digestão anaeróbia.
Embalagens biodegradáveis são exemplo de produto que podem fazer parte desse tipo de ciclo , ao realizar esse processo o solo absorve nutrientes valiosos como:
- Nitrogênio;
- Fósforo;
- Potássio.
Essas substâncias e outros micronutrientes ajudam o solo a se recuperar após o processo agrícola, ficando pronto mais rápido para produzir novos alimentos.
Regenerar a natureza
A economia criativa funciona sob a lógica de regeneração ao invés da de extração, ou seja, ao invés de usar da natureza para conseguir os meios necessários para produzir, o objetivo passa a ser criar formas da terra ser produtiva novamente.
Essa prática favorece muito a criação de capital natural, como é chamado todo material extraído da natureza para produzir mercadorias.
As práticas regenerativas são feitas para aumentar a biodiversidade e a devolução de material biológico para o meio ambiente.
Se tratando do mercado de alimentos, o que mais exige da produção agrícola, as práticas de regeneração estão voltadas para reduzir de forma significativa as emissões de gases do efeito estufa e redução do uso de produtos sintéticos.
Com essas práticas os lugares de plantação e colheita ficam com características mais próximas ao natural, quando não havia intervenção humana, favorecendo a criação de organismos e aumento da biodiversidade.
A economia circular faz com que processos de produção de alimentos fiquem cada vez mais desvinculados da prática de extração de recursos aumentando a preservação de mata virgem.
Qual a diferença entre processo de produção da economia circular e linear
Enquanto o processo de economia circular é pautado em produção de bens, venda, consumo e reciclagem, sendo esse basicamente o ciclo de produção que tudo que é comercializado seria submetido.
Em contrapartida, o processo de economia linear, que é usado hoje em dia, é baseado na extração de recursos naturais, modificação desses recursos para a produção de bens, após isso passam pela venda, consumo e descarte.
Esse sistema econômico acaba incentivando o excesso do consumo dos produtos das prateleiras e o descarte rápido, muito influenciado pela obsolescência programada.
Economia circular ajuda a acabar com a obsolescência programada
A obsolescência programada acontece quando o fabricante de um produto coloca no mercado algo com prazo previsto para deixar de ser útil, dessa forma conseguem saber exatamente quando as pessoas vão ser obrigadas a comprar outro.
Essa prática faz com que muitos produtos saiam de circulação rapidamente e sejam descartados em grande volume, além de necessitar novos recursos para produzir a nova versão.
Em um sistema econômico que preza por formas de aumentar a vida útil dos produtos a obsolência programada se torna uma prática impossível de existir.
Porque a economia circular é necessária
Considerando as atuais tendências de crescimento populacional e aumento do consumo, se faz necessário buscar formas de existir dentro de um paradigma focado em respostas sustentáveis para que não faltem insumos para produção sem afetar a qualidade de vida.
Sendo assim, esse modelo econômico surge como alternativa para enfrentar os problemas climáticos vindos do atual modelo de produção que foca em criar escassez.
Com o modelo econômico que faz com que as coisas sejam reutilizadas oferece vantagens de curto prazo e resposta para os desafios de longo prazo como:
Mudança constante no preço de matérias primas;
Limitação dos riscos de fornecimentos de insumos para produção;
Criação de modelos de negócio focados em sistemas de retomada de embalagens;
Conservação do capital natural;
Redução de emissão de resíduos;
Combate às alterações climáticas;
Considerando que os recursos naturais não são infinitos a economia circular se faz necessária, para que não faltem recursos para atender as demandas de consumo humanas.
Com esse modelo econômico a forma de produzir é sustentada na preservação ambiental.
Conheça os 3 fundamentos do processo de economia circular
1. Preservar e aumentar o capital natural
O primeiro princípio é controlar o estoque finito de recursos renováveis, pois a natureza é a sustentação da vida humana e o termo “capital natural” revela como os recursos naturais como base da produção de qualquer modelo econômico.
Sendo assim, não é apenas a atividade humana capaz de produzir valor, mas os ciclos da natureza também.
Sabendo que as produções humanas dependem da existência de capital natural é fundamental conseguir preservar as fontes de onde isso é retirado e ser capaz de aproveitar outros produtos que antes seriam descartados.
2. Otimizar a produção de recursos
A forma de fazer com que os recursos sejam mais aproveitados é cumprindo um dos principais conceitos da economia circular, a reutilização.
Para que isso aconteça seria necessário criar projetos de manufatura e renovação para componentes materiais, além de maior eficiência na reciclagem, favorecendo o ciclo técnico e biológico.
3. Fomentar a eficácia do sistema
Aprimorar o sistema proposto pela economia circular revelando as partes negativas para que possam ser excluídas.
Neste ponto, trata-se de reduzir os gastos desnecessários para produzir bens de consumo humanos, ou seja, reduzir o desperdício.
Para conseguir fazer isso é necessário obter formas eficientes de gerir resíduos e conter a poluição ambiental.
A economia circular convida a sociedade e as empresas a repensarem o modo de existir através de uma nova proposta de organização empresarial e ideias econômicas pautadas em preservação ambiental.
Antes de haver uma grande mudança no mundo dos negócios e na gestão econômica é necessário começar pensando em pequenas ações fáceis que ajudem a direcionar as ações empresariais para o caminho sustentável, como o uso de embalagens sustentáveis.
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